Cada vez que você compra um filhote, morre um animal na carrocinha ou num abrigo.



domingo, 21 de março de 2010

Para descontrair um pouco...

Esta tranquilidade contagiante pode acabar rapidinho se tentares medicar um gatinho...
Na foto: Cacau



Como fazer um gato engolir um comprimido

1. Pegue o gato e coloque-o em seu braço esquerdo como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isto aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula.
2. Pegue a pílula do chão e o gato de trás do sofá. Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo.
3. Apanhe o gato no quarto e jogue fora o comprimido encharcado.
4. Pegue um novo comprimido, coloque o gato em seu braço esquerdo e segure as patas traseiras com a sua mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo.
5. Apanhe o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo.
6. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato. Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele enquanto você abre a boca. Coloque uma espátula de madeira o mais fundo que puder. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta vigorosamente.
7. Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente, enrole o gato numa toalha de modo a que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido com um pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e despeje o líquido em sua boca.
8. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão.
9. Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido. Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo a cabeça do gato para o lado de fora. Abra a boca com o auxílio de uma colher de sobremesa, jogue o comprimido para dentro da boca com o auxílio de um estilingue.
10. Vá até a garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto.
11. Chame o corpo de bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco.
12. Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedaço de filé mignon. Segure a cabeça dele na vertical e derrame meio copo de água para ajudá-lo a engolir o comprimido.
13. Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto-socorro mais próximo. Sente-se tranqüilamente enquanto o médico sutura seus dedos e braços e remove partes do comprimido que ficaram encravados no seu olho direito. Pare na primeira loja de móveis no caminho e encomende uma nova mesa de jantar.
14. Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio em gatos.

sábado, 20 de março de 2010

Graveto 21/02/2010 - 11/03/2010

Este é o Graveto, um filhotão que largaram no meu portão no final do dia 21 de fevereiro, um domingo que acabaria com um temporal em Porto Alegre. No começo do temporal me avisaram sobre ele, que estava quase embaixo daquelas plantas com espinhos, a Coroa de Cristo. Cheguei perto dele e ele mostrou seus simpáticos dentes acompanhado de um discreto rosnado. Falei prá ele "carinha, não complica as coisas porque está começando a chover e nós vamos nos molhar deste jeito." Ele mostrou que não tinha medo de chuva, pois quanto mais eu chegava nele, mais se embrenhava nos espinhos e mais ficava brabo. Já escuro, busquei uma tábua e uma caixinha de transporte de gato, que não tem porta, e encurralei o moço forçando-o a entrar na caixa e tampando com a tábua. Para não estressá-lo mais, deixei ele dentro da caixa, mesmo molhada, dentro do quartinho das bagunças, coloquei paninhos secos o mais próximo dele, um pratinho com comida, água, fotografei-o e deixei assim, sem examiná-lo, até o dia seguinte.
Eis que, no dia seguinte levei um susto ao ver o tamanho do corte na patinha direita dele. Estranhei ele não sair correndo quando tentava capturá-lo, pensei que ele pudesse ter sido atropelado e estivesse dolorido. Vi que tinha um machucadinho na pata mas não vi que era tanto.
Me arrumei e fui levá-lo ao veterinário.
Na consulta ele não foi nada simpático com a dra. Paula. Não quis saber de conversa, só mostrava os dentes atacando de vez em quando, para não deixar dúvidas que não estava de bom humor naquele dia... tadinho! Ele devia ter muita dor!
Quando, finalmente, conseguimos amarrar a boca dele e tirá-lo de dentro da caixa, a dra. Paula deu um remédio para dor imediatamente. Com a boca atada e medicado, ele se encostou em mim, como se pensasse "agora não tem mais jeito, me pegaram então, quero um carinho!"
Além do machucado na pata, provavelmente causado por um atropelamento, ele tinha sinais de sarna e sinais de uma possível cinomose, a doença traiçoeira.
Ficou baixado na clínica para fazer exames e ir tratando a pata, que não poderia mais ser suturada, teria que cicatrizar por segunda intenção.
Eu tinha que dar um nome para ele para fazer a ficha e a boca dele me lembrou muito da Gaveta (boca de gaveta), mas Gaveto, não fazia sentido então, como ele estava bem magrinho, juntei as ideias e ele ganhou o nome de Graveto!
Os dias na clínica foram difíceis, mas acho que mais para os funcionários do que para ele, pois ele continuava sem querer conversar com ninguém. Era uma dificuldade para medicá-lo e fazer os curativos, ele não colaborava. Os relatos da dra. Paula no decorrer dos dias era que todos tentavam agradá-lo mas ele não retribuia.
Lá pelas tantas, ela disse que ele estava melhorando, tanto do machucado, como em relação ao temperamento e já podia ir para a casa. Resolvi deixá-lo mais uns dias para secar bem a ferida porque no meu pátio tem muita terra.
A próxima notícia que recebi foi de que a cinomose pegou ele de jeito, sem chances para uma recuperação. Justo agora, que ele estava aceitando conversar com as pessoas. Este não deu para salvar, infelizmente.
Obrigada dra. Paula, Lisiane e dr.Valério!
O Graveto se foi e a conta dele ficou na clínica. Se alguém quiser e puder ajudar com as despesas dele aceito doações. Não tinha colocado os dados para depósito no blog até então, mas a minha situação está ficando preta, pois não estou (há muito tempo) dando conta de pagar tudo o que se refere aos animais (veterinário, ração, castrações, medicamentos). Nem terminei de pagar a Preta ainda, por isso qualquer ajuda será bem-vinda !O valor a ser pago para o Graveto é de R$ 445,00.
Os dados da conta para depósito são:
Banco Itaú
Agência 6933
Conta corrente: 02365-4
(Luciane Bossle)
Obrigada!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Gaveta se foi...

O ano de 2010 começou um pouco triste por aqui. A Gaveta se foi, depois de nove anos ao meu lado. Fiquei surpresa quando fui conferir nas minhas anotações, o ano em que ela chegou para mim. Foi no dia 19 de novembro de 2001! Veio ela e uma filhota, a Mel, que foi doada em seguida. Dias depois, chegou o Panc, que foi o companheiro dela nestes 9 anos. Eles ficavam juntos num canil aqui em casa e depois que a Gaveta partiu, o Panc se recusou a entrar novamente neste canil. Agora ele divide um canil com o Dunga e a Marrom, por escolha dele. Esses bichos...!

Infelizmente, a Gaveta não conseguiu adoção nestes 9 anos. Ela faz parte daquele grupo de animais que não são escolhidos porque não são de raça, não são bonitos, porque é preto, porque é branco, porque tem muito pêlo, tem pouco pêlo, ronrona demais, enfim, os mais diversos pré...conceitos. Humanos...
Mas acredito que ela foi feliz neste período comigo e mais um monte de cães.
Descansa Gavetinha!