Cada vez que você compra um filhote, morre um animal na carrocinha ou num abrigo.



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014


"Às vezes as pessoas divulgam certas ideias pensando em fazer o bem, mas o resultado nem sempre é o esperado.
Certo dia, conversando com a Cleidi, ela falou que tinha horror de ouvir dizer que é bom para crianças com algum problema de comportamento ter um cachorro. Concordo...também detesto ouvir isso. Todos sabem dos benefícios que a convivência com os animais traz para qualquer pessoa (crianças, velhos, adultos, adolescentes) mas eles não podem ser adotados com um fim "utilitário".
Aí, o que acontece? A família compra ou adota o bichinho, um SRD que é mais resistente. Num primeiro momento todos estão maravilhados. A criança entretida com a novidade, os adultos com aquele sorriso de satisfação e esperança e o bicho cheio de mimos. Só que passa um tempinho e a criança já não está tão interessada no "brinquedo novo", os adultos descobriram que o animal exige tempo e cuidado e passam a achar que o comportamento da criança não mudou tanto assim. Vamos dar esse cachorro! Esse é o primeiro pensamento. mas quem vai querer um SRD? Tem tantos por aí nas ruas. Rua? Alguém falou "rua"? Podemos deixá-lo na rua. Damos ração e ele tem liberdade e espaço para fazer suas necessidades. Assim os vizinhos podem ajudar a cuidar também. Bom, né? Alguém pensou no bicho uma vez que seja? NÃO. O pobre coitado é jogado, perde todos os mimos, atenção, lar e vira um cão de rua. O pior é que essa triste história não termina aqui. Passa-se um tempo e alguém tem a infeliz ideia de sugerir que um cãozinho ia fazer muito bem para fulaninh@ e começa tudo outra vez. Mas desta vez vamos comprar um cachorrinho pequeno, de raça...Vai ter o mesmo final.
Então, vamos parar de recomendar adoção de cachorros para quem tem problema com crianças ou crianças com problemas.
Criança, antes de ter uma cachorro, precisa ter amor, atenção, carinho, educação e limites. Os pais precisam dedicar tempo aos filhos. O cachorro não vai suprir aquilo que o os pais ausentes não dão e ainda corre o risco de virar saco de pancada.
Posso bem entender qualquer criança problemática quando é cercada por adultos que agem assim.

Nesta foto vemos uma criança que ama os animais sem distinção, que é capaz de repartir o que tiver de bom com eles e que aprendeu a respeitá-los como companheiros de jornada. O Antony e a Lya."
Fonte: desabafo de uma amiga, Eliana Lúcio, pelo Facebook.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sulamita e seus sulamitinhos

 Esta  é a Sulamita, a cachorrinha que apareceu no Recanto em setembro, trazida pelo Costelinha. Na postagem anterior a essa, contei como ela apareceu aqui.
Tentamos castrá-la mas não deu tempo, pois o barrigão apareceu muito rápido! Cada vez que íamos no sítio, Sulamita, Costelinha e Pretinha ficavam por lá, dia e noite. A última vez que vimos Sulamita com o barrigão foi no feriado do dia 15 de novembro, quando ela ficou conosco nos dois primeiros dias e depois, desapareceu. Desconfiamos que ela iria ganhar os bebês mas não sabíamos onde, não sabíamos onde ela morava e se, realmente tinha casa.
Um belo dia, dona Sulamita apareceu sequinha, sequinha com as tetas cheias e caídas, e morta de fome! Preparei um pratão para ela, que comeu, agradeceu e começou a subir a lomba para ir embora. Resolvi segui-la e descobri onde morava e que seus seis filhotes estavam bem protegidos na varanda da casa. Desconfiei que fosse casa de final de semana porque não tinha água no pote e no prato de comida jazia um pedaço de polenta. Fiquei tranquila pelos bebês mas resolvi encher o comedor para que Sulamita tivesse alimento. E assim foi até o começo de janeiro, quando Sulamita ficou mais tempo que o normal com a gente. Antes, ela comia rapidinho e seguia o rumo da sua casa, que não era pouco. 
Naquela noite, abri a porta da casa e dei de cara com um filhote. Levei um susto e olhei em volta procurando pelos outros mas nada! No outro dia de manhã encontrei outro filhote. Dei comida para eles,que ainda mamavam, e deixei o comedor cheio para a Susu e os bebês, que já tentavam roer a ração seca.
Um filhote.
Dois filhotes.
Como eles ainda mamavam, resolvi deixá-los lá com a mãe até porque, devia ter outros quatro em algum lugar. O casalzinho que ela levou ficou na casinha, bem protegidos e voltamos para Porto Alegre. Isto foi numa quarta-feira.
Na sexta-feira voltamos lá e haviam quatro filhotes! Eram os dois primeiros e mais dois que estavam bem assustados embaixo das madeiras. Já levei comida pronta e eles estavam com bastante fome.
Este filhote era muito assustado e não parava de chorar. Começamos a chamá-lo de Xiruzinho, pois era idêntico ao Xirú, cachorro do vizinho e provável pai da criança.
E a outra pequeninha também era bem assustadinha mas menos que o Xiruzinho. Fiquei tonta, sem saber o que fazer. Resolvemos deixá-los lá com a mãe enquanto eu pensava melhor.  
Quatro dias depois, voltamos ao Recanto e tivemos uma surpresa muito desagradável: Susanita estava morta! O comedor estava vazio, o que deve ter sido a salvação dos bebês, pois pelos estado de decomposição do corpo da Sulamita, ela havia morrido há bastante tempo, possivelmente, no último dia em que estivemos lá. Foi uma cena triste, pois os filhotes ficavam ao lado do corpo da mãe. Agora eu não tinha mais o que pensar, tive que trazer Xiruzinho, Mafalda, Manolo e Susanita para Porto Alegre.

Xiruzinho foi o primeiro a ser doado. Fabiano é um vizinho que adora animais e se encantou com o Xiruzinho chorão, agora Ferrugem.
Já Mafalda encantou o casal Camila e Vander, que a levaram para morar em Novo Hamburgo onde uma irmãzinha de 4 meses, a Raika, esperava por ela. A Raika é uma Border Collie com sarna demodécica e adorou a agora, Ronda.
E continuam esperando um novo lar, os sulamitinhos Manolo e Susanita, que é a mãe em miniatura.
Para adotar um dos dois, ou os dois, entre em contato com a gente pelo e-mail adoteumfocinho.tiane@yahoo.com ou pelo telefone (51)9957-7720.