Cada vez que você compra um filhote, morre um animal na carrocinha ou num abrigo.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Apresentando: Migalha

Na última sexta-feira apareceu mais um presentinho na frente da minha casa, o Migalha!

Não sabemos como ele chegou lá, se foi caminhando sozinho, se largaram ali e ali ele ficou, só sabemos que foi visto de manhã bem cedinho, pelas sete horas da manhã, tentou seguir algumas pessoas que o enxotaram e tentou beber a água do pote que deixamos na calçada para os cães da rua e não conseguiu porque o pote é alto e ele, pequeno.
Peguei aquela migalha de cachorro às nove horas e dei um banho, de cara, para começar o tratamento contra a sarna, matar as pulgas e os carrapatos e refrescar um pouco, já que a manhã começava bem quente!
Banho tomado.
Depois do banho ele dormiu, dormiu e dormiu bastante, até acordar com fome. E comeu bastante! E voltou a dormir!
" O que foi que fiz?" , deve ser o que ele fica pensando.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Liberdade para as tartas

Da série: "atualizando postagens"...
Joaquim
Janjão e Chico
Não foi fácil tomar a decisão de soltar as três tartarugas que estavam comigo há quase cinco anos. Todas elas foram resgatas de uma vida que não era a que elas mereciam.
O Chico foi a primeira que chegou, junto com a Chica. O casal foi comprado num minúsculo aquário, por um avô para presentear o neto. Elas foram adquiridas bem pequenas, mas foram crescendo e o aquário ficando pequeno. O menino e o avô pensaram em soltá-las em algum lugar mais adequado, mas assim como eu, temiam pela segurança delas e foi então que eu fiquei com as duas. A Chica desapareceu, desmentindo a tradição que diz que tartarugas são lerdas.
Depois veio o Janjão, que apareceu na vila aqui perto de casa. Estava andando pelos becos quando alguém pegou e trouxe para mim.
E por último, o Joaquim, recolhido por maus-tratos, por amigos meus.
Aqui em casa elas viviam numa banheira, soltas, com terra para poder tomar sol, apesar de bater pouco sol. Não era um lugar ruim, mas elas mereciam mais.
Há tempos que vinha pensando se não era melhor elas viverem com mais liberdade. Pensei em soltá-las no Guaíba, mas temia que ficassem presas em alguma rede de pesca ou que fossem pegas apenas por diversão. Os outros lugares que apareciam, sempre tinham algum problema, como ser perto de alguma estrada e elas acabarem atropeladas.
Quando eu menos esperava, meu pai encontrou o lugar ideal para o trio. O laguinho de uma sede de uma Associação que ele frequenta e onde eu já fui muitas vezes, mas nunca havia pensado na possibilidade delas se mudarem para lá. Numa das vezes que meu pai estava lá, conversava com um dos responsáveis pelo local, justamente sobre o laguinho, que havia passado por uma reforma depois que desbarrancou uma parte. Eles arrumaram e colocaram peixes e tinha tartarugas também! Foi aí que meu pai comentou que eu também tinha tartarugas e procurava por um lugar melhor para elas e então, disseram ao meu pai que eu podia levá-las para lá.
O local fica bem pertinho da minha casa, no pé do Morro Santana. Assim que chegamos, ainda dentro do carro, vimos uma tartaruaga enorme tomando solzinho na grama que margeia o lago. Com a nossa presença ela mergulhou e não deu mais as caras.
Soltamos o meu trio nessa mesma graminha. A reação delas foi diferente do que eu esperava.
O Joaquim, que sempre foi meio tímido, foi o primeiro a cair na água. Mas largamos ele na grama e "tchibum!", lá se foi o Joaquim!
Eu achava que o Chico, que sempre foi a mais rebelde, sairia correndo para dentro da água, mas não. Ele ficou parado no lugar, precisou de uma ajudinha para cair na água. Dei um empurrãozinho e aí sim, "tchibum!", lá se foi o Chico!
Já o Janjão, ah, o meu querido João Grandão! Ele sempre foi o mais calmo, carinhoso, gostava que fizessem cafuné na cabecinha dele e que segurasse a patinha. Fiquei segurando ele um tempinho antes de vê-lo ir embora. Conversei e me despedi, agradeci a ele pelo tempo em que ficou comigo, me desculpei pelo meu egoísmo em mantê-los lá em casa, me justificando, pois temia pela segurança deles e pedi que ele fosse feliz ali, ele, Joaquim e Chico. Coloquei-o na água e ele mergulhou. Ficamos olhando e, de repente colocou a cabecinha pra fora, um pouquinho mais adiante e mergulhou de novo. Sentamos na beira do laguinho para observá-los quando apareceu o Janjão bem pertinho da gente e ficou ali, boaindo e, acho que nos olhando.
Fui até a ponte e enxerguei o Chico nadando, já do outro lado do lago. Esse é o Chico! Corajoso e desbravador! O Joaquim, não vi mais. Aqui em casa também era difícil enxergá-lo, passava a maior parte do tempo embaixo d'água.
E assim acaba a minha história com as tartas. Espero que o "e foram felizes para sempre!" seja a história delas.
Janjão antes de mergulhar.
Janjão voltando para se despedir.
Janjão fazendo o reconhecimento do laguinho.
O laguinho.
O Morro Santana e sua ferida aberta, visto do novo lar das tartas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ajuda para os animais em Nova Fribrurgo - RJ

Recebi este pedido de ajuda para os animais em Nova Friburgo e, apesar de ter vindo de uma fonte segura, resolvi conferir se não era alguém se aproveitando da tragédia, como já aconteceu tantas vezes, e liguei para a Carla, lá em Nova Friburgo.
Com uma voz cansada, mas muito simpática, confirmou todos os dados, e passou o CNPJ que não havia sido divulgado e é preciso para fazer depósitos nos bancos Itaú. Sem eu perguntar nada, ela fez questão de ressaltar que todas as doações serão, exclusivamente para os animais e que haverá uma prestação de contas no site da Univida.
Contou ainda, que a grande dificuldade está sendo comprar ração, pois a grande maioria das lojas da cidade foram alagadas ou destruídas e tudo foi perdido!
Quem puder ajudar, ajude! Não precisa ser um valor grande, que seja 5 ou 10 reais afinal, "de grão em grão a galinha enche o papo"!
Segue abaixo, o texto que me foi repassado com os dados.
Fica aqui o meu parabéns e desejo muita força para a Carla e o pessoal de Nova Friburgo que estão tentando fazer algo pelos animais!



"A tragédia em toda a região serrana do Rio de Janeiro está tomando proporções cada vez maiores, tanto para as pessoas quanto para os animais. O pânico está generalizado, os animais completamente desnorteados não são capazes de entender o que está acontecendo.
Os animais também são vítimas desta enorme catástrofe. Eles precisam de nossa ajuda!
A coordenadoria do Bem Estar Animal de Nova Friburgo, em parceria com a ONG Instituto Univida de Proteção Animal está disponibilizando uma conta bancária (abaixo) e contatos para doações que serão revertidas integralmente para alimentação e todos os cuidados que forem necessários para o atendimento dos animais desabrigados e/ou em sofrimento.
Pensamos também em ajudar todos os canis de Nova Friburgo após vistoria no local, para verificarmos suas necessidades e para melhor utilização das doações que serão exclusivamente usadas para minimizar o sofrimento dos animais. Prestaremos conta através da internet.
TODOS JUNTOS PELOS ANIMAIS!

Carla Freire
Coordenadoria do Bem Estar Animal de Nova Friburgo
Para doações:
Instituto Univida de Proteção Animal http://www.univida.org.br/
Banco Itaú
Agência 6542
Conta corrente: 06841-3
CNPJ 09.338.606/0001-06
Contatos:
Adilson Pacheco (Presidente do Univida)
(22) 2533-4035 e 8801-2153
Carla Freire (Coordenadoria do Bem Estar Animal de Nova Friburgo)
(22) 2522-1356 e 9931-3313
Cristina Ribeiro (voluntária)
(22) 2528-3312 e 9942-9655

sábado, 15 de janeiro de 2011

Celebração de Natal

Atualizando o blog, que está com muitas postagens atrasadas, vou contar agora como foi a celebração de Natal organizada por um Residencial da maior idade, que arrecadou ração para a bicharada do Adote um Focinho.
A celebração de Natal aconteceu em duas partes. A primeira foi na tarde do dia 14 de dezembro quando visitamos os moradores do Residencial. Os representantes caninos foram o Pinheirinho, O Chico e o Tombo. Não levamos nenhum gatinho porque eles são mais assustados.
O Tombinho chegou vestido de Cão Noel, foi um sucesso! Todos queriam pegá-lo e acariciá-lo.
O Pinheirinho mostrou que a sua deficiência não deixou marcas e que a falta de uma perna não é motivo para tristeza, pelo contrário, ele era o mais carinhoso distribuindo simpatia e amor a todos. A nossa visita foi feita no pátio onde moradores e funcionários conversavam e curtiam uma sombrinha dos últimos dias da primavera. O Pinheirinho foi, sozinho, "cumprimentar" cada morador que ali estava, arrancando um sorriso de cada um. Foi impressionante! Parecia que ele sabia porquê estava ali.
Uma das moradoras do Residencial tem uma cachorrinha, a Mel, que também participou da confraternização e estava linda, cheirosinha, de banho tomado e lacinhos nas orelhas. Ela adorou a visita do trio brincando muito com eles, principalmente com o Tombinho. Assim como eles, a Mel foi recolhida na rua.
O Chico se comportou muito bem também, um pouco mais tímido que o Pinheirinho, mas bem calminho e sempre pronto para dar e receber carinho.



O Tombo foi a grande atração, claro! Filhotes sempre são uma alegria garantida. Ele soube muito bem quando era hora de ficar quietinho num colinho ou quando era hora de brincar. Ele e a Mel proporcinaram cenas divertidas brincando no pátio. Pobre do canteiro do Residencial!

Mel, Pinheirinho, Chico e Tombo num colinho.
Chico de Natal.
Foi uma tarde muito agradável!
Na saída os cães foram conferir o que haviam ganhado de ração até aquele momento, pois foi feita uma campanha entre os moradores do Residencial e seus familiares para arrecadar ração para o Adote um Focinho.
Conferindo as doações feitas até o momento.

Segunda parte - Celebração de Natal

Cartazes na entrada.

Na segunda parte da celebração de Natal a bicharada não foi junto. Aconteceu na noite do dia 16 onde os moradores receberam seus familiares com música e um coquetel, e todos foram convidados, dias antes, a colaborar com o Adote um Focinho doando ração na noita da comemoração.
Nós fomos convidados a participar e a dar uma palavrinha divulgando o projeto e incentivando as adoções, doações e a guarda responsável.
Na entrada foram pendurados pequenos cartazes com fotos dos animais para adoção e fotos da visita que fizemos na tarde do dia 14. Tudo organizado pelo Residencial!
No final, recolhemos as doações enchendo o porta-malas do Uno de ração. Detalhe: o porta-malas estava deitado, ou seja, ganhamos bastante ração!
Moradores e familiares confraternizando.
As doações foram super bem-vindas! Muito obrigada! Mas além das doações e da divulgação do nosso trabalho e do blog, queremos agradecer pela oportunidade da visita com os cães, que foi muito agradável e foi a parte mais bonita, na minha opinião, pois nada melhor do que estar em contato com eles, interagir, ver quanto carinho eles têm para dar e para receber. O quanto eles são amáveis! Muito obrigada!
Fotos: Leonardo Esch

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eu pareço assustado?
Como você se sentiria se te largassem sozinho, no meio do lixo, num lugar por onde nunca havias passado antes?





Foi aqui, no meio destes galhos e lixo onde me abandonaram, sob um sol escaldante, numa rua com muitos cães latindo. Depois de algum tempinho, uma pessoa ouviu meu choro e veio na minha direção. Assustado, saí correndo para o outro lado da rua, mas os latidos eram muitos e fiquei paralisado na frente de um cachorro que estava atrás das grades de uma casa. A pessoa que chegou em mim antes, veio atrás e conseguiu me pegar. Me apertou contra o peito dela e foi me acalmando, mas eu não entendia o que estava acontecendo e me sentia apavorado. Levou um tempinho até eu relaxar e conseguir tirar uma sonequinha.A tarde passou, acordei um pouco mais calmo e ganhei comida.
Comi com vontade o que haviam me oferecido logo que cheguei, e recusei por causa do pavor.
De barriguinha cheia, passei bem a noite, me sinto mais calmo, apesar de continuar não entendendo nada do que está acontecendo comigo. Tenho água e comida à vontade, ganhei uma caminha macia onde posso dormir e tenho recebido muito carinho o tempo todo. Mas parece que não poderei ficar por aqui, terei que entrar numa tal fila de adoção. Também não entendo do que se trata, dizem que será melhor para mim, que terei um lar e uma família para me cuidar e nunca mais deixar eu sentir o que é o abandono.
Me adote!
Escreva pra adoteumfocinho.tiane@yahoo.com ou ligue para (51)9957-7720.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

DIDA - Dia Internacional dos Direitos Animais - 11/12/2010

Com a correria de final e começo de ano, não consegui atualizar o blog, nem desejar boas festas. O Natal passou, espero que tenha sido bom para todos, e quanto ao novo ano, desejo o mesmo, mas que seja especialmente melhor para os animais.
Então, vamos ver se lembro de tudo o que aconteceu em novembro e dezembro para atualizar o blog e feliz 2011!
"Dia 10 de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Animais (DIDA), criado pela ONG inglesa Uncaged em 1998. A data é uma alusão à ratificação, na ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, e visa chamar atenção para a necessidade de inclusão de todos os animais como sujeitos morais, de direitos, capazes de sentir e sofrer. Esta posição é defendida com base na teoria dos Direitos Animais. No Brasil, o DIDA começou a ser celebrado em 2006." Fonte: Rota Orgânica
Participo do DIDA desde 2007, junto com o GAE, que todo ano prepara algo para lembrar a data. Neste ano, o GAE organizou uma pedalada pelos animais, unindo duas causas: respeito pelos animais e a bicicleta como meio de transporte.
Peguei a pedalada pela metade, pois quis deixar a bicharada alimentada antes de sair. A pedalada saiu do Parque da Redenção e encontrei o grupo na Usina do Gasômetro, pedalamos até o restaurante Entreato, onde houve sorteio de brindes e foi servido um bolo vegano.
Parabéns ao GAE por mais um DIDA!!!!
Encontro na Usina do Gasômetro.



Fim da pedalada no restaurante Entreato, com sorteio de brindes.