É com muita tristeza que escrevo esta postagem, não apenas por estar comunicando a doença do Tinho, mas pelo fato dele ser um, entre milhares de cães, que tiveram a sorte de serem retirados das ruas mas não tiveram a mesma sorte para conseguir adoção.
O Tinho tem 5 anos, foi recolhido ainda filhote, com a mãe e mais três irmãos num amontoado de lixo, numa calçada perto da minha casa. Estavam todos com sarna, foram tratados e doados, menos o Tinho.
Tá, tudo bem! O Tinho realmente, não se ajudou. Ele foi doado e devolvido duas vezes por não se comportar bem. Teve uma terceira chance de adoção mas queria bater na cachorrinha que já tinha na casa, perdendo a oportunidade de ter uma vida tranquila no interior.
Tenho que admitir que os animais levam muito a sério o nome que ganham. Aquela história que colocam nomes fortes em pit-bulls e cia. (Saddan, Rambo, etc) é fato! O Tinho recebeu o nome por causa do programa A Grande Família, fazendo uma dupla com a irmã, a Bebel, que era um doce, e o Tinho, sempre foi um tinhoso... teve que ser transferido de canil várias vezes pois arranjava encrenca onde ia, não sabe conviver com outros caninos mas com os humanos sempre foi carinhoso e muito dengoso.
Bom, voltando ao motivo principal desta postagem, o Tinho está doente, com insufiência hepática, não tem cura e precisará tomar remédios para o resto da vida.
Há pouco mais de duas semanas, ele apresentou distenção abdominal ou, falando popularmente, barriga d'água, retenção de líquido causada pela disfunção hepática. Na clínica veterinária coletaram sangue e constataram o problema. Começou a tomar um diurético e a resposta foi, quase imediata, desinchando a barriga.
Com isso, a adoção para ele, foi por água abaixo. Se não foi adotado quando estava saudável, quem adotará agora, né?!
Mas o meu desejo é que ele possa ter um restinho de vida feliz e estou aceitando ajuda para o apadrinhamento do Tinho. Ele vai precisar de remédio e também gostaria de um padrinho ou madrinha para banho, para mantê-lo limpinho e longe das pulgas e carrapatos. Acredito que ele também ia gostar se alguém o levasse para passear. Ele anda meio tristinho desde que adoeceu e está precisando de mais carinho e atenção do que eu consigo dar.
Depois do diurético, a barriga quase voltou ao normal.